Japão vai à lua com a SpaceX fazer algo inédito!
- expansaoastronauta
- 1 de dez. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 1 de dez. de 2022
Será a primeira missão comercial lunar do mundo

Assista o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=HORCp_dlF60
Estamos vendo um renascimento das missões lunares, princialmente em 2022. Desde o final de junho, três foguetes dos EUA lançaram cargas úteis para a Lua, e mais uma está programada para ser lançada em breve.
Nesses três lançamentos - um no foguete Falcon 9 da SpaceX, um no Electron do Rocket Lab e um no Space Launch System da NASA, a mais notável delas, é claro, no qual a espaçonave Orion da NASA deve retornar à Terra em 11 de dezembro.
Até agora, apenas Estados Unidos, Rússia e China conseguiram colocar um robôs na superfície lunar.
O próximo é um foguete Falcon 9, programado para ser lançado de Cabo Canaveral, Flórida, na quinta-feira. Sua carga principal é uma espaçonave comercial e um módulo de pouso conhecido como missão Hakuto-R, desenvolvida por uma empresa japonesa chamada ispace.
O lander lunar relativamente pequeno levará cerca de três meses seguindo uma longa trajetória para chegar à Lua, o que lhe permitirá chegar lá usando uma quantidade mínima de combustível e está previsto pousar por volta de abril de 2023 no lado visível da Lua, na cratera do Atlas, de acordo com um comunicado da empresa.
Medindo pouco mais de 2 por 2,5 metros, o lander Hakuto-R carrega a bordo um pequeno rover de 10 quilos de massa chamado Rashid, construído pelos Emirados Árabes Unidos, e levará duas câmeras de alta resolução como um experimento para estudar a viscosidade da poeira lunar.
O país rico em petróleo é um recém-chegado à corrida espacial, mas conta com sucessos recentes, incluindo uma sonda para Marte em 2020. Se for bem-sucedida, Rashid será a primeira missão lunar do mundo árabe.
Com o veículo Hakuto-R, a ispace pretende se tornar a primeira empresa privada a pousar com sucesso uma espaçonave em outro mundo. E se a empresa for bem-sucedida, o Japão se tornará o quarto país a conseguir este feito.
Pousar na Lua é um grande desafio. Nos últimos anos, os esforços da Índia e de uma organização apoiada por Israel, a SpaceIL, falharam em fazer um pouso suave na Lua.
A ispace, que tem apenas 200 funcionários, diz que "visa estender a esfera da vida humana ao espaço e criar um mundo sustentável, fornecendo serviços de transporte de alta frequência e baixo custo para a Lua".
A NASA também está enviando uma espaçonave para a Lua neste lançamento do Falcon 9 como passageiro secundário. Uma pequena missão Lunar chamada Flashlight, um CubeSat do tamanho de uma maleta, está destinado a uma órbita halo quase retilínea ao redor da Lua, semelhante à que a espaçonave privada CAPSTONE entrou no início em junho.
O objetivo desta missão será procurar gelo na Lua. Quatro lasers emitirão luz infravermelha próxima que é prontamente absorvida pelo gelo de água. Quanto maior a absorção observada nas crateras da Lua, mais gelo provavelmente haverá. Esta missão deve ajudar a informar futuros esforços de robôs e humanos para explorar os depósitos de gelo lunar.
Por mais movimentado que tenha sido este período para a Lua, há muito mais por vir. Durante o primeiro semestre de 2023, espera-se que duas empresas comerciais dos EUA - Intuitive Machines e Astrobotic - tentem pousar na Lua para a NASA, podendo chegar ao destino antes da ispace por uma rota mais direta, segundo relatos. Índia, Japão e possivelmente até a Rússia também planejam lançar missões à Lua em 2023.
A NASA concedeu contratos a diversas empresas para desenvolver landers de pouso na lua para transportar experimentos científicos até a superfície, e está construindo todo o seu Programa Artemis em torno da exploração lunar, incluindo missões humanas e tem feito muitos acordos com vários países. A agência espacial juntamente com seus apoiadores, incluindo o Brasil, desejam desenvolver a economia lunar nos próximos anos construindo uma estação espacial em órbita ao redor da Lua e uma base na superfície.
A China também pretende liderar um programa ambicioso para a Lua, com o possível pouso de seus próprios astronautas em cerca de meia década.
Depois de 50 anos, a Lua está de volta.
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