Objeto magnético mais poderoso do universo explode com energia de 1 bilhão de sóis
- expansaoastronauta
- 8 de jan. de 2022
- 2 min de leitura
Repleto de mistérios que vão muito além do entendimento humano, o universo nos surpreende de modos crescentemente mais incríveis e inesperados a cada novo estudo divulgado por cientistas e astrônomos. Desta vez, pesquisadores espanhóis descobriram que uma estrela extremamente densa e magnética entrou em erupção de forma tão violenta que, em uma mera fração de segundos, trovejou com uma quantidade massiva de energia equivalente à um bilhão de sóis.

Esse tipo de astro, conhecido como magnetar, é um tipo particular de estrela de nêutrons: seu campo magnético é extraordinariamente forte, podendo ser até mil vezes mais forte do que o campo magnético de outras estrelas de nêutrons; assim, por esse motivo, os magnetares são até mesmo considerados os objetos magnéticos mais poderosos conhecidos pelo homem em todo o universo. Atualmente, apenas cerca de 30 magnetares foram identificados, dentre um total de cerca de 3 mil estrelas de nêutrons conhecidas.
A matéria desses objetos é também extremamente densa — um pedaço de um magnetar do tamanho de um cubo de açúcar pesaria mais de 1 bilhão de toneladas - quase o mesmo que uma montanha rochosa!. Ao lado dos buracos negros, são ainda os corpos de campo gravitacional mais intenso que conhecemos no cosmos.

O espantoso evento foi detectado em abril de 2020, em que somente um único flash brilhante, intenso e fugaz foi capturado pelos cientistas. Esse simples flash, porém, indicava algo muita mais exótico e grandioso: a erupção de um magnetar, liberando em apenas 1/10 de segundo tanta energia quanto nosso sol produz em 100 mil anos. Desde então, os cientistas incansávelmente se debruçaram sobre os dados para estudá-los mais detalhadamente, uma vez que é particularmente rara uma explosão tão imensa e colossal como esta ser encontrada.
De acordo com Reglero, diretor do Laboratório de Processamento de Imagens de UV, é quase como se o magnetar decidisse repentinamente transmitir sua existência, como um súbito grito em direção ao universo escuro.
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