NASA está tendo dificuldades para testar o SLS
- expansaoastronauta
- 20 de abr. de 2022
- 2 min de leitura
O Space Launch System (SLS) da NASA tem tido alguns problemas para ser testado desde que foi lançado na plataforma de lançamento 39B no mês passado. Esses testes, chamados de "ensaio molhado", são usados para encontrar qualquer problema com o carregamento do propelente e verificar se todos os sistemas do foguete são capazes de lidar com a exposição à criogenia.

Após esta tentativa mais recente em 14 de abril, fica claro que o SLS ainda não está pronto para voar. Os problemas que as equipes vêm encontrando as levaram a fazer algumas mudanças processuais e pequenos ajustes nas operações e gatilhos de software. Há também os problemas de vazamento que apareceram que precisam ser resolvidos.
O SLS é um empreendimento ambicioso que custou mais de US$ 50 bilhões para ser desenvolvido e custará cerca de US$ 4,1 bilhões por lançamento. A esse preço, é melhor a NASA acertar. Todo esse custo de produção e custo operacional nos fazem pensar que não veremos seu lançamento mais do que uma ou duas vezes antes de ser desativado, devido às capacidades e custos muito mais baixos que empresas privadas de lançamentos espaciais estão prometendo em um futuro próximo.
Independentemente disso, ele foi construído e voará. Eles só precisam resolver os problemas primeiro. Este último teste expôs um vazamento na "tail service mast unit" a unidade de conecção umbilical (que se conecta no estágio central). A fase de enchimento lento correu bem, mas quando a fase de enchimento rápido começou, o vazamento foi detectado e as operações foram abortadas.

O foguete irá retornar para o Vehicle Assembly Building (VAB) para substituir uma válvula de retenção do estágio superior defeituosa, bem como para reparar o vazamento. As equipes também aproveitarão a oportunidade para revisar cronogramas e opções para demonstrar as operações de carregamento de propulsores.
A NASA realizará uma teleconferência para discutir o status do próximo teste de ensaio molhado. Os problemas que as equipes estão enfrentando não são completamente inesperados e estão de acordo com o que a NASA lidou ao testar seus foguetes anteriores. Com bilhões de dólares já gastos, podemos ter certeza de que eles levarão o tempo necessário para consertá-lo e deixá-lo pronto para uso. Apenas quantas vezes poderemos vê-lo voar continua a ser um incógnita.
O SLS é o fim de uma era de foguetes contruídos pela NASA, que agora foca em apenas comprar voos de empresas privadas como SpaceX, Blue Origin (quando seu foguete estiver pronto) e outras vindo forte como Rocket Lab, Relativity Space e Astra.
A parceria na construção de foguetes com a Boeing deu muitos frutos e orgulho no passado, em foguetes como o lendário Saturn V e Ônibus Espacial,mas por agora, tem se provado um problema em custo de produção / operacional, atrasos e defeitos, e não apenas com o SLS, mas também com o Starliner, a nave que juntamente com a Crew Dragon da SpaceX levaria astronautas americanos para a ISS. ,
Expansão Astronauta
O problema cai na armadilha de sempre... a zona de conforto ... gastar bilhões (BI), de dólares para desenvolver foguetes na continuidade do padrão já estabelecido, parece mais confortável e mais justificável aos incautos e congressistas (americanos?). Contudo gastar milhões (MI) em sistemas de propulsão, num conceito muito diferente dos 'chevetões' lentos, barulhentos e poluentes com queima de combustível, parece faltar coragem aos pesquisadores. No final tudo é funcionário público, mais interessado em manter seu emprego do que em verdadeiramente inovar e se arriscar em novos conceitos (1 ano para ir pra Marte? milhares de anos para ir à estrela mais próxima? deu, né?, vou à pé que é mais rápido)
E se o SLS fosse refeito só que aplicando a SMART Reuse da ULA no segmento dos motores RS-25 do estágio central, e talvez até no segundo estágio.(como a ULA pretende fazer o o segundo estágio do Vulcan Centaur)