NASA cancela segunda tentativa de lançar a Artemis I após vazamento de hidrogênio

Nova tentativa de voo, novas quetões para resolver

O foguete SLS no sábado do Kennedy Space Center, na Flórida.

A NASA eliminou oficialmente a tentativa de lançamento da Artemis I neste sábado. A equipe de lançamento não conseguiu resolver um vazamento em uma entrada de hidrogênio de 8 polegadas que levava ao foguete SLS.

Oficiais de lançamento tentaram três medidas de solução de problemas, e nenhuma foi capaz de reduzir substancialmente o vazamento de hidrogênio criogênico quando fluía dos sistemas terrestres a bordo do foguete.

Não está claro se a NASA tentará lançar a missão Artemis I na segunda ou terça-feira, ou precisará reverter o enorme foguete para o Edifício de Montagem de Veículos para trabalhos corretivos. Este último parece mais provável, mas uma decisão final ainda não foi tomada.

Cinco dias após a primeira tentativa da NASA de pilotar o enorme foguete SLS terminou com problemas técnicos, a agência espacial estava pronta para tentar novamente.

Uma equipe de lançamento começou a abastecer o foguete na manhã de sábado, pouco antes do Sol começar a nascer sobre as águas do Oceano Atlântico que circundam o espaçoporto. O foguete SLS, que está lançando a missão Artemis I ao redor da Lua, tem uma janela de lançamento de duas horas que abre às 14h17 ET (18:17 UTC).

Um lançamento bem-sucedido marcaria o início de uma missão de 42 dias que enviará a espaçonave Orion para a órbita lunar e testará tecnologias críticas, como um escudo térmico que protegerá a espaçonave durante uma reentrada pela atmosfera da Terra. Se a missão for bem, Artemis II seguirá em alguns anos, carregando humanos ao redor da Lua.

Muito teria que dar certo para que o foguete fosse lançado no sábado. Existem três razões principais pelas quais os lançamentos de foguetes falham: clima, problemas de alcance e problemas técnicos. O clima parece razoavelmente bom para uma tarde de verão na Flórida, com pelo menos 60% de chance de condições favoráveis. Problemas de alcance de lançamento, como um barco viajando em águas restritas, são de baixa probabilidade.

Isso deixa problemas técnicos e, como o SLS é um foguete complexo e imponente com combustível de hidrogênio com vazamento, tentando ser lançado pela primeira vez. Antes da decolagem, há nada menos que 489 "critérios de confirmação de lançamento" que devem ser atendidos para o foguete SLS, como temperaturas de propulsores, pressões do tanque e assim por diante.

"Não há garantia de que vamos sair no sábado, mas vamos tentar", disse o engenheiro da NASA Mike Sarafin, que atua como gerente de missão da Artemis I, durante uma entrevista coletiva nesta semana.

esfoliação de segunda-feira

A equipe de lançamento decidiu cancelar a tentativa de segunda-feira antes mesmo da abertura da janela de lançamento, após uma série de problemas atrasarem a contagem regressiva e atormentarem os controladores de lançamento. As tempestades atrasaram o início das operações de abastecimento; depois havia uma entrada de hidrogênio com vazamento que levava ao foguete e um problema com gelo no isolamento de espuma do propulsor.

Mas o maior problema veio quando os controladores de lançamento tentaram resfriar os quatro motores RS-25 principais, que precisam estar a uma temperatura muito fria de -250 graus Celcius no lançamento para lidar com os propelentes extremamente frios na ignição do motor. Um sensor em um dos quatro motores indicou que não estava esfriando a uma temperatura adequada.

Dentro do Centro de Controle de Lançamento, alguns engenheiros da NASA acreditavam que o sensor deveria estar com defeito, porque havia outras indicações de que o motor estava esfriando conforme necessário. Mas o tempo estava acabando e, devido aos outros problemas que a equipe de lançamento estava trabalhando, tornou-se demais.

"Uma das piores coisas que você pode fazer, quando se encontra em uma condição perigosa, é sair do roteiro", disse a Nasa. "A equipe fez absolutamente a coisa certa na segunda-feira."

Na terça-feira, técnicos e engenheiros trabalharam no veículo e em seus sistemas de solo e ganharam confiança de que era realmente um sensor problemático com falha, em vez de um problema de resfriamento. Entre os principais indicadores estava que o hidrogênio líquido fluiu pelo motor e saiu a uma temperatura esperada.

Portanto, para a tentativa de sábado, a NASA não substituiu o sensor, o que exigiria a reversão para o Edifício de Montagem de Veículos e um atraso de pelo menos um mês, se não mais. Se houver um problema por qualquer motivo no sábado, a NASA poderá ter mais uma oportunidade de lançar o veículo na segunda ou terça-feira, mas se caso precise ser revertido para trabalhos de correção no prédio de montagem, então o lançamento ficará para outubro.

Fonte: Ars technica / Eric berger